quinta-feira, 4 de agosto de 2011

é apenas a forma que tens de me olhar,
sem que eu dê por isso, como se entre mim
e ti o espaço não contasse; ou é
o risco no cabelo, antes de chegar à trança,
indicando o caminho para o sonho
em que nos abraçamos; ou é o teu sorriso,
num esboço de algo que se perdeu
entre um e outro café, por entre
perguntas e conversas; ou é o fundo
dos teus olhos em que adivinho
a noite, e tu me dizes que
o dia está para nascer; ou
são as tuas pálpebras, em que me
escondes a inquietação com que
fechas os olhos, quando as certezas
do coração te ferem; ou és tu,
no puro instante em que te vejo,
e só tu existes.

[Nuno Júdice]

2 comentários:

  1. Amo-te e as saudades q tenho tuas ferem-me a cada segundo de espera para te ter nos meus braços de novo... *

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  2. Belo poema do Júdice!
    Gostei de partilhar estes momentos contigo...


    Beijos,
    AL

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