quarta-feira, 18 de julho de 2012

arranco a tua boca da minha e desfolho-a lentamente, até que outra boca – e sempre a tua boca – comece de novo a nascer na minha boca.

[Eugénio de Andrade]

quarta-feira, 27 de junho de 2012



Contudo, mesmo sem nada.
Pelo teu sim não aceito um não.
Só por estar deixas-me ser.
No teu cais toda a gente se levanta.
TU levantas-me.

quarta-feira, 14 de março de 2012

(...) I love you without knowing how, or when, or from where.
I love you straightforwardly, without complexities or pride,
so I love you because I know no other way
than this: where I does not exist, nor you,
so close that your hand on my chest is my hand,
so close that your eyes close as I fall asleep.

[Pablo Neruda], "One hundred love sonnets", soneto XVII.

domingo, 19 de fevereiro de 2012

(...) he was my north, my south, my east and west,
my working week and my sunday rest,
my noon, my midnight, my talk, my song,
I thought that love would last for ever... I was wrong.

the stars are not wanted now... put out every one.
pack up the moon and dismantle the sun,
pour away the ocean and sweep up the wood,
for nothing now can ever come to any good.

[W. H. Auden]

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

(...) essa certeza é feita de vento. eu e tu somos esse vento. não apenas um pedaço do vento dentro do vento, somos o vento todo. escuta, ouve. amor. amor.

[José Luís Peixoto]